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quarta-feira, 1 de julho de 2015

RESPEITO À LUTA E ÀS/AOS LUTADORAS (ES)

EXIGIR DA DIREÇÃO SINDICAL AÇÕES EFETIVAS EM DEFESA DOS DIREITOS DOS SERVIDORES PÚBLICOS E ESCLARECIMENTOS QUANTO ÀS QUESTÕES E PREJUÍZOS RESULTANTES DA MÁ-SUCEDIDA NEGOCIAÇÃO DA CAMPANHA SALARIAL: UM DEVER DE TOD@S!

Da recente greve que nós funcionários públicos de SBC participamos, podemos dizer que a nossa disposição para a luta, organização e unidade de ação significaram uma histórica vitória dos trabalhadores: juntos, pressionamos a direção do sindicato para a manutenção de 22 dias de greve e colocamos o governo petista de Marinho e sua tradicional truculência contra a parede. Lutando incansavelmente pela pauta da campanha salarial, ao mesmo tempo que reivindicamos melhores condições de salário e de trabalho, defendemos a qualidade do atendimento aos munícipes e denunciamos o sucateamento e a precarização do serviço público. Neste sentido, a greve por si só é uma vitória que precisa ser reconhecida, celebrada e realizada novamente sempre que necessário!

Porém, no decorrer da greve, governo e direção do sindicato abandonaram a pauta da campanha salarial e, mesmo diante da intransigência do governo petista, a direção do sindicato visivelmente procurou preservar a imagem do prefeito: enquanto os servidores públicos pressionavam para ações mais incisivas propondo atos nos eventos públicos em que o prefeito iria participar, a direção do sindicato conduzia o caminhão de som para o lado oposto, e ainda assim restringindo e tentando censurar as falas dos trabalhadores no microfone.

Após a direção sindical iniciar a assembleia do dia 29 de maio literalmente anunciando o fim da greve, conduzir a assembleia com uma truculência absurda, depois colocar em votação a proposta governista por quatro vezes (e quatro vezes rejeitada!), mesmo assim chamar nova assembleia para outra votação e passar o fim de semana caluniando a Oposição Unificada, agredindo verbal e moralmente servidores públicos, praticando terrorismo e fomentando divisionismo na categoria, os trabalhadores se viram órfãos de direção e reféns do acordo coletivo imposto pelo governo, obtendo prejuízos econômicos e funcionais igualmente históricos!

O autoritarismo praticado pela direção sindical na condução das mobilizações e das assembleias, sua falta de competência e seu despreparo na negociação, a não realização de ações preventivas para evitar punições aos grevistas, tais como os descontos ilegais nos salários e os descontos de impostos ocasionados pelo lançamento dos rendimentos e dos abonos num único mês e numa única folha, a exclusão no acordo coletivo de parte dos aposentados, e a lentidão da direção do Sindserv em encaminhar ações para resolver os prejuízos que nós trabalhadores estamos acumulando dia após dia não deixam dúvidas que existe um distanciamento gigantesco entre o seu discurso (de responsabilidade com a categoria) e sua prática (que efetivamente é omissiva, burocratizada e autoritária).

A bem da verdade, a direção do sindicato tem sido ágil em algumas ações: destratar trabalhadores que a questionam, bloqueá-los o acesso total ou parcialmente em redes sociais, impedindo que estes possam responder aos destratos e calúnias... e justificar os descontos realizados pelo governo (neste caso, foi tão ágil que se antecipou às justificativas que deveriam ter sido dadas pelo próprio governo. É lamentável, porém, que não tenha esclarecido as possibilidades de descontos já na assembleia, pois esta informação poderia mudar os rumos da greve).

A falta de preparo e a irresponsabilidade da direção foi tão grande que ela só resolveu consolidar um fundo de greve para amparar os trabalhadores mais necessitados após decretado o fim da greve!!!

Agora, ao invés de organizar o funcionalismo para debater e encaminhar ações para solucionar os problemas, a direção do sindicato prefere continuar jogando a responsabilidade de sua incompetência e de sua omissão na própria categoria – neste caso, a direção do sindicato dedica especial atenção aos servidores que integram a Oposição Unificada, inclusive acusando-nos (!) de ligações com grupos partidários.

Quanto a isso, primeiramente repudiamos o caráter fascista contido em insinuações que procuram desqualificar as ações das pessoas justamente naquilo que é um dos pilares da democracia, ou seja, a liberdade de consciência e a participação política. A filiação e militância partidária é um direito individual de cada cidadão brasileiro, conquistado pelos trabalhadores e pela população após o enfrentamento de mais de 20 anos de ditatura militar – ditadura esta que torturou, matou e desapareceu com milhares de seres humanos. Neste sentido, a Oposição Unificada, que sustenta suas ações em princípios classistas e democráticos, mantém seu caráter apartidário (isto é, não representa partido político) e respeita e integra qualquer trabalhador que, filiado ou não a partido político, compartilhe dos mesmos princípios. De nossa parte, o que não aceitamos e não somos coniventes é que, como diz o ditado popular, se acenda uma vela para Deus e outra para o diabo, dizendo-se representante da categoria e ao mesmo tempo servindo aos interesses do governo.

 É preciso que se esclareça à direção do sindicato: o inimigo é o governo, e não os trabalhadores, os quais ela deveria representar e defender! Não dá para a direção do Sindserv SBC continuar engrossando a voz contra os servidores públicos e falando mansinho com o governo!!!

Ao invés de usar os meios de comunicação para justificar as ações do governo, agredir servidores públicos, fomentar divisionismo e fazer autopromoção da própria imagem para fins eleitoreiros, a direção do sindicato precisa tornar transparente todas as ações que está realizando no sentido de reverter os danos que os trabalhadores estão sofrendo! E precisa urgente convocar assembleia dos servidores públicos, ou ao menos das categorias em que ainda não se solucionou a questão da compensação.

Por que a direção sindical não utiliza os meios de comunicação para publicar os ofícios que garantiram a legalidade da greve? Por que a lei que estabelece a data-base está inacessível no site do sindicato? E o estatuto do sindicato?! Qual é o número do processo que a direção do sindicato diz que impetrou em relação aos descontos indevidos? Que ações estão sendo realizadas para garantir o direito dos cerca de 200 aposentados excluídos do acordo salarial? Por que não se entra com processo para que os trabalhadores recebam juros e correções monetárias sobre os salários indevidamente descontados? Os trabalhadores poderão optar pela forma de pagamento dos dias parados, ou continuarão sendo obrigados a se submeter aos caprichos do governo? E se tiverem descontos? As faltas serão justificadas ou injustificadas? Incidirão sobre a Licença-Prêmio, sobre a PTS? E os trabalhadores em estágio probatório, que ações preventivas estão sendo efetivadas pela direção do sindicato para garantir seus empregos em caso de faltas injustificadas?

Todas estas perguntas – e mais algumas outras – faremos diretamente à direção do sindicato, cobrando e exigindo ações efetivas para resguardar os direitos dos servidores públicos!

Participe conosco! Traga as suas questões e vamos juntos exigir os esclarecimentos e as ações necessárias!

Lutar sempre vale a pena! O que não se pode é ser conivente com a omissão e o descaso!!

 QUANDO?
QUINTA-FEIRA, 02 DE JULHO, ÀS 18h30min.

ONDE?

Sede do Sindserv SBC – Rua Caetano Zanela, 90 - Centro

Oposição Unificada 
dos Servidores Públicos de São Bernardo do Campo


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