quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Como se construiu o golpe da direção do sindicato e sua chapa 1 contra os trabalhadores - Parte 2

PARTE 2 -  TENTATIVA DE OMISSÃO DAS MANOBRAS DENUNCIADAS PELA CATEGORIA E APRESENTADOS PELA CHAPA 2 E RECONHECIMENTO DA LEGITIMIDADE DO RESULTADO DAS ELEIÇÕES.


1.A apuração dos votos foi toda controlada pela chapa 1, por meio dos mesários e coordenadores de mesa indicados pela Comissão Eleitoral que, como vimos anteriormente, foi toda indicada pela chapa 1 num processo coordenado pelo presidente do sindicato e candidato à reeleição pela chapa governista. Os coordenadores de mesa definiram trajetos das urnas à revelia do percurso publicado criando dificuldades para coletar votos nos locais em que a chapa 1 considerava que eram predominantemente constituídos por simpatizantes da chapa da Oposição.

Tais manobras foram denunciadas por dezenas de servidores públicos, por meio de e-mails encaminhados ao sindicato com cópia para o e-mail da Oposição Unificada. Mantendo a luta pela garantia de democracia, lisura e transparência na eleição, a CHAPA 2 registrou estas ocorrências já no primeiro dia de votação: 



A CHAPA 2 teve que protocolar as ocorrências em documento à parte da ata elaborada pela Comissão Eleitoral, pois a Comissão Eleitoral se recusou a registrar em ata as denúncias apresentadas. 


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2. No dia da apuração todas as listas foram conferidas pelos mesários e coordenadores de mesa, além dos advogados contratados pela chapa 1, e no final da apuração foi  lavrada uma ata de 13 páginas detalhando o processo de coleta de votos urna por urna, sem qualquer registro de ocorrências por parte dos coordenadores/ presidentes de mesa (todos indicados pela Comissão Eleitoral indicada pela chapa 1), que durante o processo de votação ficaram de posse das listagens e foram responsáveis por conferir as assinaturas dos eleitores. Nesta ata, a Comissão Eleitoral, assim como o próprio Chagas e o presidente da apuração legitimam a vitória da chapa 2, atestando que o processo ocorreu sem problemas.


 
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3. É interessante observar que, enquanto tinham a certeza da vitória (certeza esta evidenciada nas palavras de ordem e cantos de vitória entoados por membros e simpatizantes da chapa governista até minutos antes do resultado final da apuração), e depois ainda sob o efeito do impacto da derrota inesperada, tanto a Comissão Eleitoral indicada pela chapa 1, como a própria chapa 1, o presidente do Sindserv SBC, o presidente da apuração, os mesários e presidentes de mesa - todos eles vinculados à atual diretoria do sindicato - atestaram a lisura do processo eleitoral.

Mas, então, se o processo de coleta de votos transcorreu em "rigorosa obediência" ao Estatuto do Sindicato conforme atestaram, se as únicas ocorrências registradas (e registradas pela CHAPA 2!) diziam respeito ao não cumprimento de horários e dos roteiros previstos, como pode posteriormente a chapa derrotada e seu presidente-candidato-à-reeleição alegar, juntamente com sua Comissão Eleitoral, irregularidades num processo eleitoral absolutamente coordenado, conduzido e controlado por eles mesmos?

Em outras palavras, como se produziu a suposta fraude que até a apuração simplesmente não existia?

É  que veremos na próxima e última parte desta famigerada história que se configura em verdadeiro golpe da direção do Sindserv contra os servidores públicos.

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